2008/01/29

A interactividade e a experiência estética

A interactividade relaciona-se com um tipo de arte que procura a experiência do corpo.
Um interface é um dispositivo construído para provocar sensações e conflituar ao nível das percepções e representações a elas associadas.
O interface afecta o corpo, interpela o espectador através do corpo, o que conduz a uma experiência perceptiva diferente.
Neste tipo de experiência estética os olhos perdem a sua posição primeira na organização do mundo. Os olhos servem para monitorar e têm que comunicar com as mãos que activam a experiência.
Esta percepção mais próxima dos elementos sensoriais que a constituem do que da componente cultural, pode ser, precisamente, o que está em jogo na interactividade e que consitui o novo campo da arte: a imediatez da experiência e a preponderância dos elementos sensoriais.
O movimento histórico do pensamento tendeu para a separação do corpo e da alma, e para o domar do primeiro pela segunda. Embora se possa ver as novas tecnologias como mais um instrumento nessa direcção – pense-se, por exemplo na comunicação desencarnada mediada por computador, ou seja, realizada sem interacção física - ela tem sido usada na arte para a criação de espaços de produção e circulação de sensações e afecções (na música, por exemplo, os bits são convertidos em beats). Ou seja, o espaço das novas tecnologias é também o espaço do corpo.
Portanto, a técnica pode potenciar a expressão da vida afectada pela experiência sensível o que é relevante para a estética. Estética não enquanto teoria da arte mas segundo a sua outra ambição: a compreensão da experiência a partir da sensibilidade.
Mas, incidindo sobre as sensações, pode pensar-se que se fica por um plano menos interessante, em termos artísticos. O plano do prazer sensorial, das afecções ou inclinações. Um plano natural em vez de cultural. O plano do sentir versus o plano do sentido do sentir ou da criação de sentido. No entanto, estes dois planos podem ser aliados.


O projecto AVA: o AVATAR, a instalação vídeo e a interactividade.

O avatar no imaginário do jogo apresenta-se como um duplo. O sujeito está duplicado. É ele e o seu espectador. Esta mistura de posições transforma ambos os planos.
Esta relação não é transparente e é instável. Mantém-se sempre uma heterogeneidade essencial entre o jogador e o seu outro eu - embora a pressuposição ou a ilusão da homogeneidade entre os dois seja necessária para o sentido de imersão.
O AVATAR faz o duplo papel do eu e do outro. Do eu porque é controlado e por isso igual a quem controla, do outro porque o eu nesse controle se projecta idealmente naquilo que pode ser.
Portanto, se o avatar é um reflexo, é um reflexo imaginário que se persegue e que não retribui mimeticamente uma imagem no espelho. Enquanto espectador o sujeito vê e relaciona-se com uma imagem de si.
No cinema também existem processos de identificação em jogo. O espectador identifica-se com uma imagem ou com pontos de vista – o da câmara, o das personagens – que passam a ser a sua presença no filme. Uma presença implícita, a de um observador ausente constantemente reposicionado nos seus duplos, nas suas personagens.
É este espectador implícito que é concretizado pela figura do avatar no jogo, um espectador que se torna presente e que escolhe o que quer ver.

Com o projecto AVA pretendemos a criação de uma personagem, o AVATAR de um colectivo, onde se mantém a ilusão da sua existência concreta, misturando o registo documental da sua existência material com o performativo e com o virtual.
A sua imagem remete para um universo ficcional identificado que induz um sistema de significados mas que foram propositadamente baralhados complexificando a percepção da sua identidade, criando conflitos nos esquemas perceptivos que conduzem a essa identificação.
No filme AVA V entram em consideração os tipos de presença ou de identificação do espectador com AVA consoante o ponto de vista veículado pelos diferentes planos. Por exemplo, o plano subjectivo intensifica a dissolução do espectador na personagem AVA, aumentado a ideia de participação e de identificação porque existe a sugestão de partilha de posições de acesso à realidade. No entanto, deixa de fora outros aspectos da realidade já que todos os pontos de vista são parciais.
Essa realidade é a mesma em todos os planos, com o mesmo tempo. No projecto de instalação vídeo, o espectador teria oportunidade de escolher um dos planos o que implicaria a perda de acesso aos restantes. Ao assumir-se o controlo da personagem perde-se o acesso a outros pontos de vista. Portanto, o espectador anda em redor de AVA, mantendo esta sempre a sua independência e autonomia. Como para a estátua, o vaivém do espectador é indiferente.
Por outro lado, quebram-se os códigos da ilusão. AVA olha para o seu espectador e invade o seu espaço e a sua invisibilidade. Mas o que vê no lugar do espectador é uma parte da sua identidade, que se duplica, que se lhe torna exterior.

Quanto ao projecto AVA LAPTOP a sua adaptação ao projecto de instalação passaria por uma performance feita em frente a uma projecção de vídeo. Um projector ligado a um portátil que contém uma série de filmes prontos a serem projectados no ecrã que se encontra em frente ao “avatar”. Esses filmes são registos filmados/pré-gravados de outras performances que a personagem já terá feito noutros locais. As projecções vídeo vão incidir no ecrã à escala natural, permitindo a sugestão de uma imagem num espelho. O “avatar” em frente à projecção vai tentar imitar/interagir com a performance visionada. A performance ao vivo do “avatar” poderia pressupor uma interactividade da Ava com os vídeos projectados. Ou seja, poderia haver uma articulação entre uma qualquer coreografia e sensores que pudesse desencadear um visionamento aleatório dos ditos vídeos. Isto é, o “avatar” não terá um completo controlo sobre aquilo que vai tentar imitar e tudo isto resultará da interactividade entre o seu corpo e máquina. As performances pré-gravadas poderão ser diversas situações do quotidiano, como por exemplo andar na rua, almoçar, cozinhar, dormir, conversar com outras pessoas. Uma imitação ao vivo de uma representação. O vídeo comanda (parcialmente) a actuação do performer.

Instalação: AVA



A primeira possibilidade que proponho será uma performance feita em frente a uma projecção de vídeo. Um projector ligado a um portátil que contém uma série de vídeos (alguns deles que já estão no site) prontos a serem projectados no ecrã que se encontra em frente à AVA. Esses vídeos poderão ser registos filmados/pré-gravados de outras performances que a personagem já terá feito noutros locais. As projecções vídeo vão incidir no ecrã à escala natural, permitindo a sugestão de uma imagem num espelho. Em frente à projecção a AVA vai tentar imitar/interagir com a performance visionada. Ela é quem escolhe quais os vídeos que vão ser visionados. As performances pré-gravadas poderão ser diversas situações do quotidiano, como por exemplo andar na rua, almoçar, cozinhar, dormir, conversar com outras pessoas. A personagem caracteriza-se como alguém obsessivamente trabalhador que vive um intenso stress diário e que resolve imitar esse tempo útil de trabalho por prazer, como algo relaxante e lúdico. Poderá funcionar como uma espécie de desporto. Uma imitação ao vivo de uma representação. A representação comanda (parcialmente) a actuação do performer. Eu proponho que as situações visionadas possam ser discutidas com a Sara.

Ou então, a performance ao vivo da AVA poderia pressupor uma interactividade da Sara com os vídeos projectados mas sem o vulgar interface com o computador, ou seja, uma articulação entre uma qualquer coreografia com um sistema de sensores que pudesse desencadear um visionamento aleatório dos ditos vídeos. Ou seja a performer não terá um completo controlo sobre aquilo que vai tentar imitar e tudo isto resultará da interactividade entre o seu corpo e máquina. Penso que esta ideia poderá resultar pela sua simplicidade.
A ideia geral desta instalação será fazer um prolongamento físico da identidade da AVA. Identidade esta que, uma vez disseminada na web, se irá expandir para o "mundo concreto". Funcionará como um espelho, que mediatiza o universo digital com o espaço do real, estabelecendo um jogo de movimentos e representações.

Compreender a AVA



AVA
A partir do que já tem sido discutido estive a reflectir sobre o que já foi construído sobre esta personagem. Sabemos que ela vai funcionar como um avatar, uma figura ambígua, alguém que tem um pé assente na realidade concreta e outro no “mundo digital”. A sua figura está presente nestes dois universos e a sua presença oscila entre um e outro, embora seja pertinente pensar se estas duas realidades não serão apenas uma. É importante que a personagem seja caracterizada consoante estes dois universos. Por um lado ela é um avatar que sai para fora do computador e que personifica alguém, uma rapariga real e comum. Por outro esta personificação mantém os traços da identidade anterior. A intermitência e a ambiguidade são uma característica importante nesta personagem. Esta ficção assenta nestes dois pressupostos.



Podemos partir assim para uma ficção que se pode dizer, quase científica. Quero propor agora a analogia com um filme, The Purple Rose of Cairo (http://www.imdb.com/title/tt0089853/) de Woody Allen, onde um actor de cinema trespassa a tela do cinema para a realidade em busca de um amor que é impossível, a personagem de um filme que se (re)transforma em pessoa de carne e osso, mas que ainda assim, mantém algumas traços passados. A AVA podia ser alguém que estivesse constantemente cá e lá, no real e no digital tal como o actor sai e entra do ecrã. Poderemos pensar numa conversão de uma criação digital para uma pessoa comum? Como o Pinóquio? Ou será uma “bonequização” de alguém? Penso que a solução passa por manter essa ambiguidade na construção da nossa AVA. Esta ambivalência permite-nos partir para uma metáfora que me parece ser importante nesta ficção que aqui estamos a construir, a de alguém que se apresenta como um produto do seu tempo e que através da sua figura (ou da sua vida) pretende documentar essa vida e esse mundo. Os conceitos de pós-humano, de cyborg, ou de clone estarão presentes na construção da AVA como referências do nosso tempo. A assunção de tudo isto implica uma postura crítica perante o progresso tecnológico e uma excessiva tecnocracia que caracteriza todo esta “revolução digital” a que se assiste.



A demanda da AVA não será certamente a busca de um amor mas a exploração e o registo documental de ambas as realidades. Será tempo para a invocação de um outro filme, O Homem da Câmara de Filmar de Dziga Vertov (http://www.imdb.com/title/tt0019760/), em que o realizador procurou documentar em cinema o meio onde vivia, as máquinas, o progresso, em suma uma revolução moderna que se estava a desencadear. A nossa AVA poderá funcionar como um olhar atento à nossa vida contemporânea, aos fenómenos tecnológicos e sociais a que assistimos. Ela será alguém que partirá à exploração destas duas realidades e que as documentará através da fotografia, do vídeo e do áudio.



Depois de tudo isto vejo a figura da AVA, por um lado, como um boneco cibernético- como o replicante do Blade Runner – em que a sua cara está caracterizada. O uso de maquilhagem poderá ser interessante para fazer passar essa sugestão de “ser digital/não humano”, num tom pálido e um pouco “frio” ou “maquinal”. Por outro a sua indumentária poderia contrastar com essa figura maquinal. Ela podia vestir roupas práticas, como alguém que está em trabalho, numa missão importante. Poderá usar um daqueles coletes com muitos bolsos. Um chapéu, calças e botas (tipo militar mas sem camuflado). Eu diria que os seus movimentos poderão ser tão naturais como uma qualquer rapariga. Em suma a AVA é alguém que vai partir à exploração dos seus mundos (ou do seu mundo). Todas estas questões são sujeitas, é claro, à discussão entre todos e nomeadamente com a Sara.

2008/01/28

Projecto: Instalação AVA

Em termos muito gerais apresento as minhas ideias para Instalação AVA:
Tenho apenas duas propostas, ambas implicam a presença física de Ava no local e estão concentradas na projecção de vídeo digital.

Primeira: 
Descrição: Ava, sentada numa cadeira de madeira, assiste a uma projecção do filme "Paisagem" (17 min; 2001). No final levanta-se e sai do espaço de projecação.
Conceito: Ava enquanto espectadora de uma obra projectada.
Local: Sala muito escura, apenas iluminada pela luz da projecção. Existem mais cadeiras para outros espectadores (+6 cadeiras).

Segunda: 
Descrição: Na projecção vê-se uma sala com uma porta ao fundo semi-aberta, Ava (em projecção) entra nessa sala e aproxima-se do limite do enquadramento, a querer espreitar para fora, percorre a sala (os limites da projecção). Caminha decidida e sai da tela (homenagem mas sem os mesmos aparatos técnicos a "Rosa Púrpura do Cairo") entra na sala de projecção, uma luz subtil ilumina a sua presença (vai para dois pontos previamente estabelecidos no espaço). No entanto, a sua imagem permanecerá projectada numa tela (efeito espelho). Ava olha-se de fora e para dentro. Ava está presente enquanto imagem projectada e enquanto espectadora da sua própria imagem. As acções de Ava estão de algum modo relacionadas com este efeito espelho. Há outra questão que tem haver com o olhar e a sua direcção, isto é com o facto de ela na tela olhar o espectador e fora dela tomar esse lugar. Assim sendo, olhar será sempre dirigido num determinado sentido e eixo.
Conceito: Projecção simétrica - Espelho de Si. AVA entrará na tela de projecção e sairá dela.
Local: Sala de projecção escura, mas com possibilidade de se ajustar luz na presença de AVA.

Quem é "AVA"?

Resposta precedida por algumas considerações sobre o estado nosso Trabalho - Projecto



Parece-me se relerem o texto que entregámos na aula passada que a nossa intenção de trabalho foi bem apresentada por escrito:

- criar um personagem: "AVA" que será a soma de todas as representações e/ou ficções criadas por cada um de nós (questão da autoria partilha). 

Esse somatório poderá ser (ou será) instalado num project-room onde essas diferentes situações/representações/ficções, bem como os diferentes suportes utilizados co-habitam e onde se poderá desenhar o acesso ao universo dessa tal "AVA" então criada. Em suma, propomo-nos a criar uma personagem, dar-lhe uma identidade e um universo para que ela possa existir e depois apresentar essa criação/esse universo num project-room.



O que nos falta então para avançar? Outra pergunta que apetece fazer é: mantemos esta ideia?!?



Prefiro responder à primeira pergunta e também dizer que, para mim, está fora de questão fazer tábua rasa do trabalho já realizado e começar a lançar outras pistas/e ou discussões que nos lancem novamente numa quimera do que fazer! Neste aspecto estou bastante de acordo com o comentário do Nuno ao "Anita volta a atacar". É preciso desenvolver a nossa ideia, bem como a criação deste universo e começar a dar identidade a "AVA".



Então respondendo à pergunta:

Quem é AVA?



AVA é uma personagem encarnada em carne e osso, pela nossa colega Sara.




Deste modo, facilmente induzimos que se trata de:
uma rapariga de estatura média, 
magra, 
com cabelos aloirados, 
olhos esverdeados.

Para mim esta AVA é uma rapariga curiosa, disponível para as novas tecnologias e atenta às artes digitais. Não acho que precise de ser artista. Gosta de registar o mundo através da sua máquina fotográfica e faz-se sempre acompanhar deste aparelho. Navega regularmente na internet (tem uma caixa de email, está presente num chat de discussão on-line, tem um blog-diário onde relata as suas actividades e publica fotos suas). AVA gosta de jogos interactivos, filmes de ficção-científica e de ler muito e tudo: a revista Wired; livros sobre o ciberespaço e realidade virtual; autores portugueses; peças de teatro, etc.

AVA não fuma (!), é virtuosa, modesta, ecologicamente correcta vegetariana "que não come cousa que padeça morte" (utilizando as palavras de Camões).



Por agora apresento apenas estas características. 

É necessário continuar... Criar uma consciência política, ética, moral.... enfim, muito trabalhinho!


publicado: Sábado, 17 de Novembro de 2007, às 20:03

Como registar AVA

Primeiro Registo:
Este primeiro registo está relacionado com a ideia de mimésis: repetição / criação, ficção de uma realidade / verosimilhança
Pretendo participar na criação desta criatura AVA através da encenação ficcionada de um documento registado através de uma câmara de filmar e posteriormente editado com vista a ser projectado. A minha ideia é criar vários pequenos guiões onde AVA tem descrito as acções a realizar e o que deve fazer para concretizar determinadas situações que lhe darão visibilidade e consistência existencial.

O que AVA vai fazer:
- vai assistir na televisão a uma episódio da série "Palmeiras Bravas" e consequentemente vai conversar um uma amiga sobre esse episódio.
- vai participar num torneio de um jogo de computador. (jogo ainda a definir, bem como o local)
- vai ler o livro "Finisterra- paisagem e povoamento" e folhear vários números da revista "Wired"
- vai cozinhar, dormir, fazer compras, tirar fotografias

Segundo registo:
Este segundo registo inclui uma performance ao vivo e está mais relacionado com a questão da representação.
AVA será projectada a olhar para si própria. Como se de um espelho se trata-se.
A imagem de AVA estará projectada numa parede. AVA olha-se de fora e para dentro. AVA está presente enquanto imagem projectada e enquanto espectadora da sua própria imagem. AVA entrará na tela de projecção e dela sairá.

publicado: Sábado, 17 de Novembro de 2007, às 20:17

Vê televisão

Meez 3D avatar avatars games

2008/01/27

REUNIÃO DE HOJE CANCELADA

A reunião de Hoje às 15 horas foi cancelada.
Membro do grupo está doente. 
Temos de adiar até conseguirmos estar todos juntos para preparar apresentação.
Telefonemas e possíveis encontros no MSN a partir das 19 horas de hoje.

2008/01/24

olá


em relação à próxima reunião, acho que devíamos levar já os nossos textos, nem que sejam só rascunhos, que reflectissem o nosso pensamento sobre o projecto, sobre os temas do seminário e como o projecto se insere nele. e também as nossas ideias acerca do projecto de instalação

julgo que depois de vermos os textos conseguímos integrá-los num esquema, que pode ser o que a renata sugere. quanto à reunião para mim pode ser sábado ou domingo.
até breve

2008/01/23

Sobre o projecto da instalação

Estou de acordo com Sara e a Renata sobre a questão de toda a gente falar um pouco na apresentação oral, temos de ensaiar bem o que cada um vai apresentar. Se a apresentação fosse feita já com o site on line poderia facilitar bastante a apresentação.Podemos tentar colocá-lo num domínio e conectar os vídeos no youtube. Outra questão que me parece importante é o projecto da instalação. Se formos para a frente com a entrega do projecto em papel temos de a idealizar primeiro. Já referi antes que já tenho uma ideia que queria usar. Temos de compilar as ideias de toda a gente e tentar fazer um memória descritiva, ou um mini-dossier de produção. O problema será o tempo. Temos de ver se conseguimos fazer isso. Já agora, não preferem encontrarmo-nos antes no Domingo?

Site na Internet

Concordo com a Renata quanto à divisão da apresentação oral do trabalho em temas/etapas. Resta saber se nos encontramos todos no sábado para discutir e preparar o trabalho. Tenho aulas de manhã, mas poderíamos combinar cá em casa por volta das 16h. O que vos parece?
Quanto ao site, podemos colocá-lo na net, na conta da Renata. 30MB chegam perfeitamente. Sem vídeos, o trabalho pesa 6.1MB. O problema são mesmo os vídeos que, neste caso, ficariam no Youtube. Os vídeos pesam bastante, entre 16 a 80 MB, sendo o do Juan a verdadeira excepção: pesa 574.5MB. Ou Youtube ou não dá. Mas proponho que situemos o site para ver como resulta tudo. A localização tem a vantagem de simplificar a nossa apresentação de terça-feira.

Sobre o 6º Exercício - Consistência

Este exercício equivale a fazer uma exposição oral de todo o processo de trabalho e a apresentação do protótipo do site.
Gostava de vos propor, ao contrário do que sucedeu na primeira exposição oral do grupo, que se faça uma divisão dos assuntos/temas/ideias a apresentar e que se distribua por cada um.
Acho que cada um deve ter um espaço/tempo para apresentar suponhamos um etapa/ capítulo (caso se verifique esta ser a melhor divisão).
Isto implica que na próxima reunião cada um tenha alguma ideia sobre que etapa/ capítulo deseja apresentar. Ou como devíamos dividir a apresentação.
(Enviei-vos por email uma proposta de data para essa reunião)

Proponho o seguinte, não havendo melhor ideia e visto que somos cinco podíamos adoptar os cinco exercícios que foram sendo executando ao longo do semestre. É claro que adaptados à realidade do nosso projecto. Para isso teremos que encontrar substitutos para (Rapidez; Exactidão; Leveza; Visibilidade; Multiplicidade) que se ajustem a AVA e/ou Colectivo AVA.
Ocorre-me as seguintes ideias:
- Rapidez - "Cinco autores à procura de um personagem";
ou Criação de AVATAR
- Exactidão - Identidade de AVA
- Leveza -
Imagem de AVA
- Visibilidade - Actividades de AVA; ou então, Acções de AVA
- Multiplicidade - AVA no Mundo (é uma péssima formulação, mas remete de facto para a sua inserção no mundo tanto virtual, como material)

Outro aspecto mais prático e técnico: temos de decidir como vamos proceder para colocar o site on line.
Tenho disponível 30MB de uma página pessoal na minha conta netcabo.pt. Mas será que são suficientes?

Aceitam-se melhores e mais inventivas ideias!

2008/01/22

Proposta - Multiplicidade - Extensões do Projecto AVA

1ª possibilidade - Instalação (Show Room)
Não se trata aqui de uma verdadeira extensão do projecto, mas da ideia que defendemos desde o início e apresentámos já no primeiro momento da avaliação.
Para concretizar a instalação propomo-nos:
- localizar o site (o protótipo já desenvolvido em Dreamweaver), de preferência no domínio .com, com o nome de colectivoava (www.colectivoava.com, disponível), de modo a explorar mais a virtualidade, tão cara ao nosso projecto; esta virtualidade, ancorada na materialidade, alargar-se-ia, para depois regressar à materialidade, a materialidade de uma instalação, que, por sua vez, prolongaria o jogo de espelhos entre o virtual e o material;
este site seria linkado ao blog Colectivo AVA (www.colectivoava.blogspot.com), ferramenta de trabalho criativo que nos tem acompanhado ao longo de todo o processo;
- definir o tempo necessário para a pesquisa/desenvolvimento da instalação e as datas da sua realização (e quantos dias);
- desenvolver a par e passo o trabalho com a curadora Maria do Mar Fazenda, no sentido de se escolher o espaço físico para a instalação que melhor sirva o que nos propomos fazer; foram já avançadas as hipóteses dos espaços da Associação Filho Único, da Fábrica Braço de Prata e da Plataforma Revolver; negociar os termos de utilização deste espaço e definir a logística necessária;
- definir os meios e ferramentas necessários à realização da instalação;
- desenvolver um dossier de produção que inclua uma apresentação do projecto, orçamentos vários, calendarização e proposta de divulgação;
- estudar as possibilidades de co-produção, parcerias, patrocínios, mecenato e subsídios estatais (concursos); o dossier de produção serve para a organização e gestão do projecto, mas também (muito importante) para a procura destes apoios;

2ª possibilidade - Site-Universo-AVA
Explorar a virtualidade e o digital, no sentido de construir o que poderíamos chamar de universo AVA. Esta extensão teria em comum com a primeira possibilidade a localização do site. Mas o site (universo AVA) estender-se-ia a outras formas de virtualidade: endereço de e-mail (já criado), blog (já criado), conta no Youtube (já criada) e contas no MySpace, Facebook, Flickr, Magnolia, etc. A ideia é a de trabalhar a questão da identidade, à semelhança daquilo que foi feito por artistas como Lynn Hershman Leeson (Roberta Breitmore) e Sophie Calle, criando uma identidade que deixa rastos e que se vai insinuando e desenhando no universo virtual.
O site partiria do protótipo apresentado mas navegaria noutras direcções, partindo para a exploração de ferramentas (hardware e software) que nos permitissem extremar o jogo virtualidade/materialidade. Já se fez o conceito AVA habitar o corpo de uma actriz, já se brincou com uma boneca (meez.com). A partir daqui explorar-se-iam outros recursos. Pense-se nos programas da Creative Suite da Adobe - Flash, Illustrator, Photoshop, etc. A imagem fotográfica e videográfica pode ser trabalhada com filtros determinados que estabeleçam pontos possíveis entre aquilo que reconhecemos como ser humano e aquilo a que chamamos boneco. Pense-se no filme Sin City, de Robert Rodriguez, que parte do universo BD (Frank Miller), é animado por actores e, recorrendo a ferramentas digitais, procura regressar à BD, resultando numa hibridez muito interessante. É o universo do que chamamos de efeitos especiais.
Pense-se ainda no que se pode fazer com o audio. Várias ferramentas permitem já trabalhar e manipular o som de inúmeras formas. Também aqui podemos brincar entre dois extremos: o extremo-voz-que-reconhecemos-como-humana e o extremo voz-artificial. Os filmes de animação dão extrema importância às vozes e em alguns projectos os bonecos são desenhados em função do actor que lhes empresta a voz (traços fisionómicos e maneirismos); o boneco final acaba por estar ancorado nesta pessoa de carne e osso mais do que por via da voz.
São muitas as dimensões que um trabalho destes pretende explorar, ao serviço da criação de uma personagem e seu universo.

A segunda possibilidade de extensão não exclui a primeira possibilidade; do mesmo modo, a primeira possibilidade inclui o primeiro momento da segunda. O jogo de espelhos está instalado!

Digam-me de vossa justiça!

2008/01/21

Extensão do projecto

Gosto muito dessas animações! Penso que seria bom a inclusão de algumas delas no site. Quanto à instalação acho que podíamos restringir-nos à fase de papel e apresentar apenas um projecto. Quanto à concretização física da instalação parece-me mais realista se a levarmos a cabo fora do âmbito deste seminário e numa altura em que todos tenhamos tempo para isso. Portanto alimentamos um pouco mais o site e desenvolvemos um dossier com uma hipótese de instalação. Pela minha parte eu posso lançar a ideia inicial (projecção de vídeo) que propus no outro blog. Até logo a todos

extensões do projecto

em relação ao que foi dito quanto a novos desenvolvimentos do projecto acho que todas são boas. julgo ter tempo para me dedicar a uma instalação e gostava de a poder fazer, mas pode ser arriscado e devíamos decidir isso depois de ponderarmos bem a disponibilidade de todos e as ideias.
o site acho que pode ser desenvolvido, principalmente agora, depois da descoberta das animações pela sara. já me surgiram outras ideias. mas também com a explicitação teórica das nossas ideias já concretizadas ou outras que tenhamos.
quanto à projecção da instalação, a instalação no papel, é também uma boa solução. mas dado esse passo, acho que podíamos continuar. a projecção é o mais trabalhoso, o resto são questões práticas que acho que conseguímos resolver.
até breve

Laptop

Meez 3D avatar avatars games

3D AVA

Com a esta brilhante possibilidade de criar uma Ava a 3D entrámos definitivamente no universo dos avatares. E no mundo virtual...

NÃO HÁ VOLTAR A TRÁS ...

Gostei muitíssimo do meez.com.  

Inclusive já criei uma amiguinha para AVA

Outdoors

Meez 3D avatar avatars games

Reading in bed

Meez 3D avatar avatars games

2008/01/20

AVA

Aproxima-se o fim do semestre I

Ainda temos algumas questões a resolver neste projecto "Colectivo AVA".
A que salta em primeiro lugar está relacionada com a questão da concretização física possível da
instalação-performance "Colectivo AVA" que lançamos no início deste semestre.
Eu sempre defendi a ideia de avançar na concretização e na sua real instalação. Porém, nesta altura já começo a ter umas quantas dúvidas se será possível levar essa outra etapa do projecto a bom porto.
De qualquer forma, parece-me que a fazer-se uma instalação-performance do" Colectivo AVA", que implique a presença física de "AVA" a duração da mesma não deveria ser superior a um ou dois dias, no máximo. Também temos de ter em atenção ao aspecto financeiro e os custos que concretizar uma coisa destas.
Entretanto já fiz algumas diligências e conversei com a Maria do Mar Fazenda sobre alguns locais onde seria possível tentar propor uma colaboração e um projecto de instalação. Falamos de três possíveis locais: Ass. Filho Único (Av.Liberdade, 210); Fábrica Braço de Prata; Plataforma Revolver.
Parece-me que ainda há muito a discutir sobre este assunto e é necessário chegar a alguns consensos para que se possa avançar. 
O factor tempo, ou melhor a falta dele, é algo que temos de equacionar muito bem, bem como reflectir sobre a nossa futura disponibilidade para nos envolvermos num projecto desta envergadura.  O segundo semestre está quase aí e temos de estar bem cientes que disponibilidade cada um tem para continuar a alimentar este trabalho. 

No meu caso, já tenho ideias bastante definidas para uma possível instalação (que simplifiquei muito, por questões financeiras, obviamente). Necessito de desenhar o projecto, mas temo que vá ter pouco tempo para dedicar a uma eventual concretização. 
Por isso proponho que se fique pela projecção de uma possível instalação-performance do "Colectivo AVA", a saber que fiquemos pelo projecto em papel.

Notas para a reunião

5º exercício sobre a multiplicidade
equacionar possíveis extensões do projecto
instalação?
campanha de divulgação?
data: 21 de janeiro

1ª extensão possível
instalação
extensão proposta e prevista no projecto AVA
trabalhar o conceito AVA com vista à sua instalação;
pensar um showroom que tentasse espelhar o que foi feito virtualmente (protótipo site) e que levasse mais longe o que o site apresentou;
ver texto apresentado já - virtualidade/materialidade

2ª extensão possível (muitas extensões numa só)
um site-universo-ava mais trabalhado;
possibilidade de se avatariar mais a ava, trabalhá-la mais em função de alguns conceitos importados do universo anime, manga e avatarial (second life, por exemplo);
utilização de filtros do photoshop, por exemlo; explorar as potencialidades/ferramentas criativas de todo o pacote adobe cs3; flash;
sin city - filme que parte do universo bd (frank miller), passa pelo universo de carne e osso e estiliza-o regressando ao universo de que parte;
que software é já utilizado nestes projectos?
construir um universo de realidade virtual - uma extensão da AVA;
como se ultrapassássemos os limites do corpo AVA e partíssemos para a estilização de tudo o que a rodeia (como o que encontramos nos vídeo-jogos);
site - espaço de exploração de todas estas possibilidades, espaço de debate, espaço de ensaio;
partir sempre do universo material e da actriz de carne e osso que empresta o corpo à AVA
caminhar-se para a virtualidade, para o abonecar da realidade de que partimos, para um universo sígnico propositadamente reduzido (em relação à realidade de que parte) e onde todos os signos são pensados como comunicando e integrando-se num todo (o do projecto);
universo do design
onde a cor, a forma, desempenham importantes papéis
em termos de acção explorar-se-ia a ideia de que os mundos avatariais possibilitam a entrada em universos diferentes, extraordinariamente fantasiosos - jogo/brincadeira
filmes animados / fotografia em jeito de bd (pranchas)
talvez se pudesse combinar o universo avatarial com o universo dos podcasts e de tantas outras possibilidades da web;
a Renata chamou-me a atenção para um artigo, publicado no suplemento Digital do Jornal Público de 19.1; ver artigo enviado por mail

2008/01/08

2008/01/07

AVA escolhe livro

Ava joga Nucleus

AVA no You Tube

Está aberta uma conta do "Colectivo AVA" no YouTube.
O Username é AvaColectivo.
Enviei-vos via e-mail a password.

2008/01/06

Colocação do site AVA online

Devíamos reflectir e decidir se valerá a pena colocar o site AVA na web. 

Tenho umas quantas dúvidas esse respeito. Quando terminarmos o protótipo devíamos fazer uma avaliação do resultado e depois tomar essa decisão se vale ou não a pena colocá-lo online.
Também convém perceber como estamos na questão da instalação e da sua concretização. Eu como vos tenho dito tenho mais interesse em desenvolver uma boa instalação, do que a desenvolver um fraco site.
O site para mim serve como uma pequena janela, ou apresentação do "Colectivo AVA" e para a divulgação de um trabalho a ser instalado. 

Será que estamos a ir neste caminho? 

2008/01/05

Reunião Domingo 6.1

Sugiro que a reunião de amanhã comece às 15h. O Rui só pode juntar-se a nós às 16h, mas não vejo problema de começarmos mais cedo. Digam-me de vossa justiça.

Fotos - Site

Fotos - 800 por 600 a 72 dpi, compressão 12 jpg
Isto aplica-se a fotos a serem utilizadas de modo convencional nas páginas.
Mas se queremos utilizar as fotos como background image (ocupar o tamanho da janela do browser) ou tê-las mesmo grandes, o melhor é:
optimizar o site para 1024/768 pixels a 72 dpi e salvar a compressão 12 jpg. a maioria das pessoas já têm écrãs que suportam estas medidas.

2008/01/04

outline do Juan

Olá a todos, espero que tivesseis um bom natal. Aquí em Espanha ainda temos umos dias já, e estamos a espera dos "Reyes Magos". Já queda poco para que volte, e ponha as mãos à obra. Aqui vos envio meu outline por se é precisso para ter uma ideia da estructura global do web-site.

- homepage (cara de ava)
olho direito (1) - juan
olho esquerdo (2) - renata
nariz (3) - nuno
boca (4) - rui
cabelo (5) - sara

- página 1.1 do Juan (foto AVA no seu quarto)
uma zona específica da foto (laptop) devolve ao home-page
uma zona específica da foto (cama) leva a página 1.1.1
uma zona específica da foto (mesma AVA) leva a página1.1.2
uma zona específica da foto (cámara de fotos) leva a página 1.1.3
uma zona específica da foto (porta ao exterior) leva a página 1.1.4.1
uma zona específica da foto (bici) leva ao vídeo do Rui
uma zona específica da foto (armário da roupa) leva a página 1.1.5

-página 1.1.1
click leva a página 1.1
-página 1.1.2
click leva a página 1.1
-página 1.1.3
último click leva a página 1.1
-página 1.1.4.1
click leva a página 1.1.4.2
-página 1.1.4.2
último click leva a página 1.1
-página 1.1.5
último click leva a página 1.1

Até já! E qualquier coisa que tenha de saber, por favor, dizer-me, para estar à corriente.

2008/01/02

Cores - Design do Site

Aqui estão as cores que sugiro para o site. É uma questão de decidirmos.


#000000 - preto


#666666 - cinzento 1


#333333 - cinzento 2


#ffcc00 - amarelo 1


#ffff00 - amarelo 2


#cc3399 - rosa 1


#ff3399 - rosa 2

Web Design

Como sabem as cores mudam de browser para browser e também em função do computador usado para navegar. Por isso, tendo em conta os conselhos dos livros de web design, convém escolher as cores da paleta Web Safe Colors (que se escolhem em Swatches no Photoshop). A paleta é bem mais pequena mas assegura que as cores não mudam m função do display ou do browser (ou mudam muito pouco). Mantemo-nos então nas cores que já discutimos para background (cinza, amarelo e rosa) mas elas são escolhidas a partir desta paleta. Mais tarde mostro-vos as cores que sugiro desta paleta. Para que vocês digam de vossa justiça.
Quanto às fontes tenho outra sugestão: pelo que li, e tendo em conta o que nos propusemos fazer, talvez seja melhor desenhar as páginas em photoshop já com as fontes. Isto quer dizer que depois utilizamos imagens que incluem já as fontes (bem como a cor de fundo e as imagens que escolhemos). Assim sendo, tudo é imagem e não precisamos de nos preocupar com as famílias de fontes de cada browser, porque tudo é lido como imagem. O livro que estou a ler aconselha fazer isto mesmo, quando se lida com um design forte e que quer controlar o resultado final. Continuo a ter algumas dúvidas em relação ao tamanho das janelas dos browsers (gostava de saber qual é a média). É que para desenhar as páginas no Photoshop, convém saber (para além de coisas como RGB, 72 dpi e gravar em 12) qual é o tamanho médio das janelas. Depois é uma questão de retirar as margens em html, para que a nossa imagem (a nossa página x) bata com o final da janela.
Vou continuar a averiguar estas e outras questões.