Partimos da ideia de construção de uma personagem. Interessa-nos tratar a representação e a identidade; são esses os conceitos eleitos no nosso trabalho.
Decidimos dividi-lo em duas etapas, que jogarão reflexivamente uma com a outra. São elas a criação de um site e de um project room (instalação). O jogo de espelhos para o qual apontámos já na escolha do nome AVA (propositadamente em maiúsculas) estende-se deste modo ao processo criativo. Queremos que o site da AVA funcione como project room virtual e o project room, por sua vez, funcione como site materializado. Interessa-nos explorar as possíveis intersecções destes dois universos: um virtual e outro material.
A diferença entre as duas extensões do projecto será o facto do site ser criado antes do project room, acompanhando o próprio processo criativo. O project room, ancorado numa materialidade, existirá num determinado segmento de tempo, rematando o work-in-progress desenvolvido até à sua concretização.
As duas faces do projecto AVA – Seis autores à procura de uma personagem - jogarão com a interactividade com o utilizador (site) e visitante (project room).
Queremos construir um site que se descobre enquanto se navega (lado lúdico e interactivo). O utilizador entrará no site e terá de descobrir as entradas para os conteúdos criados pela AVA (à semelhança do que acontece em www.mouchette.org, por exemlo). Os conteúdos serão criados a partir de várias ferramentas (fotografia, vídeo, audio, texto), desenvolvendo as ideias já apresentadas no primeiro esboço de trabalho escrito e propondo outras.
Também no project room se procurará que o visitante entre num espaço em que não lhe são dadas coordenadas, podendo cada um construir o seu percurso.
A ideia de jogabilidade (interactividade) aponta claramente para a ideia de construção: sempre fragmentada e subjectiva.
Actual fase do projecto AVA
Nesta fase do trabalho interessa-nos definir a AVA, para que daqui possamos partir para a produção de conteúdos. Os conteúdos alimentarão o site à medida que forem sendo produzidos. Queremos experimentar livremente e assim ir percebendo o que nos interessa ou não.
A virtualidade permitir-nos-à desenvolver algumas das ideias já sugeridas e descobrir outras.
Segue-se uma lista de artistas que nos inspiram neste trabalho. São indicados trabalhos concretos (que jogam directamente com a construção de identidade e com a representação).
Lynn Hershman Leeson
Roberta Breitmore, 1974-1978
Nikki S. Lee
Projects, 1997-2001 e Parts, 2002-2005
Jim Campbell
Hallucination, 1990-1998
Andrea Zapp
Human Avatars, 2005
Cindy Sherman
Untitled Film Stills
Sophie Calle
Douleur Exquise, 1984-2003, Suite Vénitienne, 1980, L’Hôtel, 1981
Joan Jonas
Organic Honey´s Vertical Roll, 1973
Yasumasa Morimura
Portrait, 1988-1990
Chris Burden
Bed Piece, 1972
Carolee Scheemann
Fuses, 1965.
Vito Acconci
Air Time, 1973
Pipilotti Rist
Ever Is Over All, 1997
Tony Oursler
Mansheshe, 1997
Maya Deren
A Study in Choreography for Camera, 1945
Gilbert & George
Oh, the Grand Old Duke of York, 1972
Bruce Nauman
Self-Portrait as Fountain, 1966
Joseph Beuys
Arena, 1970
Marcel Duchamp
Marcel Duchamp as Rrose Sélavy, in a photograph by Man Ray, 1921
Francis Bacon
Head I, Head II - Head VI, 1948
Giorgio Ciam
Attempt to Enrich Ciam’s Personality, 1972
Dan Graham
Body Press, 1973
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